É preciso pôr fim à sem-vergonhice política de tratar o
Bolsa Família como dádiva de petistas. O programa é parte de uma política de
Estado para minorar os extremos de pobreza no país. Não põe fim à pobreza, é
bom que fique claro. Isso só se consegue com crescimento da economia, com
inflação baixa, com geração de empregos de qualidade. Mas o programa,
inequivocamente, colabora para tirar pessoas da miséria absoluta. Não foi
criado pelo PT. Não é uma invenção de Lula. Trato disso daqui a pouco. O
senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou dois projetos no Senado tratando do
programa: um deles mantém o pagamento do Bolsa Família por seis meses para
chefes de família que ultrapassarem a faixa de renda prevista para o
recebimento do benefício. O outro incorpora o programa à Lei Orgânica da
Assistência Social (Loas). Assim, o programa de transferência de renda passaria
a ter recursos garantidos pelo Fundo Nacional de Assistência Social. O primeiro
foi aprovado nesta quarta na Comissão de Assuntos Sociais do Senado por 10
votos a 9. O PT, acreditem vocês, votou contra. Aécio contou com o apoio de
senadores da base governista. Uma leitura ligeira poderia sugerir se tratar de
um benefício indevido, com ônus para os cofres públicos, já que, mesmo fora da
faixa, o pagamento continuaria a ser feito por seis meses. Fonte: Reinaldo
Azevedo. Matéria completa>>