HEPATITE: UM MAL QUE VIVE ESCONDIDO

Buscando compartilhar o conhecimento teórico com a população, os estudantes de enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC/Jequié) realizaram na última quarta-feira (19/10), uma Mesa Redonda no PSE (antigo Centro de Cultura), em Apuarema. Na abertura, Mariana Silva apresentou o tema em questão e compôs a mesa com a estudante de enfermagem Gabriele Prazeres, professor de biologia Josemar e enfermeira Gersonisa Figueiredo.

A discente Gabriele agradeceu a presença da comunidade e explanou sobre a programação do evento, passando a palavra para Gersonisa, enfermeira do Centro de Referência de Saúde Sexual e Reprodutiva de Jequié, a qual palestrou ressaltando o privilegio de Apuarema em receber esse evento, com o debate e conhecimento das hepatites virais. Esta doença foi descoberta há vários anos, até agora, há sete tipos de hepatites específicas conhecidas - A, B, C, D, E, F e G. A hepatite nada mais é que, a inflamação do fígado, sendo ocasionada por vírus, rubéola, drogas, distúrbios metabólicos, etc. A enfermeira explicou os tipos, forma de contagio e tratamento, transmissão e prevenção; a exemplo do tipo A, forma mais comum e menos perigosa da doença, transmitida pela contaminação da água e alimentos ou pela relação sexual; no grupo de 100 pessoas, 99 evoluem para a cura, através da própria defesa do corpo. Aproximadamente 2 bilhões de pessoas são infectadas por ano com o tipo B, considerada moderada, destas, 250 mil morrem. O maior fator desse grande número de infectados se deu nas transfusões de sangues, que antes da década de 1990, não se realizava testes clínicos preventivos. A evolução do tipo B chega a 95% de cura, contudo, após 6 meses portando o vírus, caso não desapareça e continue a sua reprodução, passa a ser um estado mais grave. O tipo C é visto como o mais grave, causa na maior parte da incidência a cirrose, câncer de fígado e outras doenças relacionadas à hepatite. A enfermeira lembrou o perigo de transmissão através de tatuagem, brinco, piercing, alicate de unha e objetos de manicure, e orientou as mulheres a levarem e esterilizarem seu kit para a manipulação das unhas.

Por fim, o professor Josemar considerou produtiva a interação dos alunos com o público alvo, levando o conteúdo didático para além da sala de aula, apresentando-o e compartilhando-o com as pessoas da cidade vizinha, que adquiriram ricas informações. Parabenizou o empenho, organização, responsabilidade, dinamismo e iniciativa dos estudantes, pois, é uma preocupação da FTC, não só a formação acadêmica, mas a cidadã. "passei parte da minha infância na região de Apuarema, considero-me desta cidade", disse. "a FTC agradece a toda população apuaremense pela participação, isso é gratificante e sem dúvida essa Mesa Redonda trouxe grande conhecimento a comunidade", pontuou. Encerrando o evento, a estudante Neuza Beijoino agradeceu a presença de todos, enalteceu a importância da mesa redonda, tanto para os alunos, quanto para a sociedade e confirmou a organização de futuros eventos em Apuarema, como testes de hepatite, aferição de pressão arterial, diabetes e muitos outros. Mais fotos.