Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB e coordenador da
campanha de Eduardo Campos, disse à Folha nesta quinta-feira (21/08)
que não seguirá na função ao lado de Marina Silva. “Pela maneira grosseira
como ela me tratou. Eu havia anunciado que minha função estava encerrada com a
morte do meu amigo. Na reunião [de quarta-feira (20)] ela foi muito deselegante
comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: ‘a senhora está cortada
das minhas relações pessoais”, disse Siqueira à reportagem. O rompimento de
Siqueira, militante histórico do partido, revela o quão difícil será a nova
realidade eleitoral para o PSB. “Não houve engano nenhum. Não estou e não
estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora”, completou. Carlos
Siqueira não quis contar detalhes da reunião. Segundo a reportagem apurou,
entretanto, Marina chegou a dizer a ele que não precisaria mais se preocupar
com a coordenação da campanha. Ele reagiu prontamente pela forma dita. “Se ela
comete uma deselegância no dia em que está sendo anunciada candidata, imagine
no resto. Com ela não quero conversa”, disse. Durante reunião nesta quarta, que
durou cerca de seis horas em Brasília, Marina colocou o deputado Walter Feldman
na coordenação-geral da campanha ao lado de Carlos Siqueira. Bazileu Margarido,
que estava na vaga que agora é de Feldman, foi nomeado titular do comitê
financeiro. Fonte: Folha Press. Publicado no Jequié Repórter.