Satisfeito com a postura aberta do prefeito de Salvador, ACM
Neto, para dialogar com o PT sobre um eventual apoio em 2014, o governador Jaques
Wagner conversou com o Bahia Notícias sobre as próximas eleições e a
possibilidade de racha dentro da base do governo estadual. “Em política, você
nunca tranca a porta”, declarou o gestor, ao afirmar que, “seguramente”, se
empenharia para garantir o apoio do prefeito à reeleição da presidente Dilma
Rousseff. “Se depender de algum esforço meu para que ele venha apoiar a Dilma e
até apoiar eventualmente o nosso candidato aqui no Estado, ou pelo menos a
Dilma a nível federal, não tenha dúvida de que eu vou trabalhar. Eu não vou
brincar com eleição”, explicou. Sem citar suas preferências para a sucessão
estadual na Bahia, o Wagner negou que a senadora Lídice da Mata seja seu Plano
A e despistou quando perguntado sobre o nome de Rui Costa, apesar de confirmar
a sua candidatura a deputado federal e a do vice-governador, Otto Alencar, ao
Senado.
“O plano A está na minha cabeça e eu não revelo para ninguém, senão
estraga tudo”, argumentou. “Não dá para encaixar em três vagas dez, oito ou
sete pretensões. Alguém terá que entender que é possível ceder. E eu sou um
cara que não fica com medo da sombra”, completou. Sobre 2018, o gestor adiantou
que não colocará seu nome para as eleições presidenciais e não descartou a
ideia de apoiar Eduardo Campos (PSB). “O PT, depois de 16 anos sentado na
cadeira da Presidência da República, tem que arejar e ver a possibilidade de
ter nomes dentro dos partidos da coligação”, declarou. Wagner falou ainda sobre
os prazos para o metrô da capital, ao considerar como legado de sua gestão as
intervenções em mobilidade urbana. “Não tem mais nenhum obstáculo. Eu acho que
no começo do segundo semestre a gente já vai ver essa obra”, vislumbrou. Fonte:
Bahia Notícias.