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Imagem registrada da Praça da Prefeitura, no sábado, às 15:30hs
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Por Mauricio Matos - A cena que observamos na foto (registrada no sábado, às 15:30h) é a atual e triste situação de Apuarema, cidade que outrora era conhecida como a “terra da alegria e festividade”. Em 2009 um fenômeno começou a assolar o município, a migração da juventude para cidades que proporcionem oportunidade de emprego, sendo as mais escolhidas: Guarapari e Vitória no Espírito Santo, Sumaré e a capitão de São Paulo, Salvador e demais metrópoles. A migração não parou, e, no início deste ano, dezenas de pessoas deixaram a terra natal em busca de novas oportunidades. Foi-se apagando o brilho da cidade, os apuaremenses, não mais tem a alegria e orgulho de viver numa cidade antes aclamada por toda a região, inclusive pelos itamarienses. A Praça da Prefeitura era o point, lugar de reunião entre amigos, familiares, visitantes; encontrávamos ali diversidade de lanches e bares. As festas já não são como antes; os jovens desapareceram. Não há lazer, cultura, esporte, teatro, música, dança, entretenimento, e demais necessidades de uma sociedade civilizada. Pelo retrocesso e notório “ar de cidade fantasma”, Apuarema já não é como antes e este fato é inquestionável. Os jovens já perderam as esperanças: estão desanimados, desacreditados, decepcionados, vivendo como se não fossem jovens. Os comerciantes reclamam que o dinheiro não circula na cidade, estando em forte declínio á área econômica do município.
Muitas tradições se perderam com o tempo: Osdesfiles cívicos organizados pelas Professoras Biza e Vera; a capoeira ensinada pelo Mestre Iran; o tradicional bolo do aniversário da cidade confeccionado por Dona Mundinha Pinheiro; os forrós dos bairros por Raul Fernandes e Washington Novaes; concurso de quadrilhas e licor promovidos por Fabão Eça e Raival Oliveira; os tapetes naturais feito com pó de serra e tinta ornamentando as ruas na Procissão de Corpus Christi, época do Pároco Roberto Menezes; O Bumba meu boy de Itau, Ica e Pedro Correa; a queima de Judas realizada por seu Otaciano, este com direito a testamento feito por Zezito Caetano; entre outras tradições esquecidas pelos homens. Por fim, sonhamos com dias melhores para nossa querida cidade, onde possamos ter orgulho de dizer: Eu Sou Apuaremense e Amo Minha Cidade!