A greve de parte dos policiais militares baianos, iniciada na quarta-feira (1), poderá desencadear um movimento nacional. Segundo o secretário da Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças Militares Estaduais (Anaspra), Roberto Caetano, que visitou os PMs baianos amotinados na Assembleia Legislativa, há uma possibilidade de a polícia militar do Rio de Janeiro aderir ao movimento. A informação foi confirmada pelo coronel Almir Rosa, comandante do policiamento militar do Rio de Janeiro. Segundo ele, haverá, na próxima sexta-feira (9), uma reunião no Rio de Janeiro, para discutir se haverá greve no estado. Se acatado, o movimento no Rio começa no dia seguinte. O motivo da mobilização é a busca de melhorias de condições de trabalho da categoria. Caso o comando da PM carioca decida entrar em greve, haverá a solicitação do apoio das polícias militares de outros estados brasileiros.
Repercussão – A paralisação dos PMs baianos foi destaque em sites dos principais jornais da Espanha. O El Mundo deu destaque à violência no estado. Já o El País informou que o fato acontece às vésperas do carnaval de Salvador e em um ano de eleições municipais. Ambos destacaram os 17 homicídios registrados na madrugada em Salvador e Região Metropolitana. Além disso, noticiaram o reforço do policiamento com os homens do Exército e da Força Nacional, além da possibilidade do transporte coletivo suspender as atividades, o que não ocorreu em Salvador. O El País considerou o homicídio do músico do Olodum, Denilton Souza, como uma das mortes que mais comoveram a cidade. Além disso, noticiou a paralisação das atividades do transporte público em Feira de Santana e a reunião entre associações e o governo, realizada nesta sexta-feira (03). Fonte: Wilson Novaes / Com informações A Tarde e Correio.

